segunda-feira, 30 de novembro de 2009

"A Maldição do Segundo Dia" ou "Serenidade na Fuvest"


No teatro, há o mito da maldição do segundo dia. Reza a lenda que depois de uma estréia grandiosa, se houver mais um espetáculo no dia seguinte, a apresentação será ruim. Mas como não acreditamos em superstições, dane-se o mito e continuamos nosso jantar.
Não é bem assim. Segundo meus professores de teatro, essa "maldição" é verdadeira, então eles resolveram investigar o por que. E descobriram uma razão bastante adequada! No dia da estréia, os atores estão bem nervosos, e o corpo acaba liberando muita adrenalina e outras substâncias que o deixa, digamos, elétrico. Esse entusiasmo é bom, ajuda no aquecimento e na apresentação (ajuda muito!), o que faz com a que a estréia seja maravilhosa. O desastre vem no segundo dia. O corpo tinha liberado tanta adrenalina e substâncias e coisinhas no dia anterior que não consegue produzir o suficiente no dia seguinte. Daí o ritmo cai, a atenção cai, e, em comparação com a estréia, a peça não parece mais tão legal. [É claro que chamar de "desastre" foi exagero meu. Uma boa apresentação depende de várias circunstâncias, mas não vamos nos limitar por causa de "maldições", certo? Um espetáculo é muito mais do que isso, e o fato de uma apresentação ser boa ou não depende muito mais do empenho de cada um.]


Talvez seja por isso que eu tenha feito minha prova da Fuvest com tanta (mas taaaaaaanta) calma. Muitos candidatos tremiam, ruboresciam. E eu havia feito uma estréia na véspera. Achava que até podia atrapalhar, antes da peça eu estava quase vomitando de tanta ansiedade. Mas por fim, a estréia foi ótima e o ambiente-espaço-tempo da prova não poderia ter sido melhor!
Se bem que... um bom desempenho na prova deve depender muito mais do quanto estudei do que do meu estado mental... [de qualquer forma, vale a dica pro ano que vem!]







Ainda não tive coragem de conferir o gabarito.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Óculos

Sem óculos: "Me desculpe, mas você pode repetir? É que não consigo me concentrar direito, esqueci os óculos e não estou enxergando bem."

Com óculos: "Me desculpe, mas você pode repetir? É que não consigo me concentrar direito, estou de óculos e me sinto dentro de um aquário."







Esse é o problema =/

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Fantasmas existem, eis a prova!

Podemos ver com nitidez o perfil transparente ao lado direito, na porta. Enquanto o simpático senhor se distraía, lá estava o fantasma, que ele provavelmente não podia ver naquela situação, apenas máquinas fotográficas captam a sinistra presença destas criaturas. Vários programas da televisão já nos advertiram sobre as almas penadas que por aí vagam. Portanto, tenham muito cuidado, e qualquer sinal estranho visto em suas fotos, queime o filme e se proteja!









Mas que raio de post foi esse?!

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Adolescentes mal resolvidos

Neste exato momento, eu me sinto como se caísse de um abismo. Como se todos os meus sonhos fossem abstratos e todos os meus tesouros não valessem nada. Você também já se sentiu assim, é claro. Por isso deve saber que quando se sente isso, a sua tristeza parece ser a mais terrível do mundo. Não é, mas e daí? Pra mim, neste exato momento, sou a pessoa mais triste do mundo. Vestibular, vestibular, escolha profissional e mais um monte de merda. Vira e mexe estou assim. Dizem que é comum nos jovens. Naqueles que são perdidos, a maioria. Ninguém é feliz de fato, é? Ou talvez essa só seja a pergunta de um pessimista. Parece tão simples pra quem vê de fora. Acho que só os perdidos mesmo devem entender. Será que ainda vou rir disso, mais tarde? (Se já rio agora, da minha cara de babaca). Ano que vem, quem sabe.









Depois passa.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

É que tinha muitos carros passando.

A rua estava movimentada demais. Vinte carros de um lado e mais vinte do outro lado da avenida, era o que os olhos dela podiam pegar, ora corriam, ora paravam no farol por míseros segundos para tornar a correr. A fumaça e os carros, e a fumaça era dos cigarros que os outros acendiam na calçada, e ela odiava aquele cheiro. Mas eram a fumaça e os carros que a ajudavam a se entorpecer por ali, sem querer, e era de mentira. A música era triste e o céu era escuro. O ambiente perfeito para pensar nele, e ele estava tão longe. Ah, se o barulho dos carros-relâmpagos que passavam não levassem sua mente ao infinito... Ah, se a fumaça não se unisse para formar aquele rosto... E eram os carros, a fumaça, os barulhos, a música, o movimento, as luzes da cidade. Uma mescla entorpecente, até boa de sentir, ou nem tanto. A rua estava movimentada demais.








Eu gosto do barulho dos carros passando.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Acôrdo Órtogräfico

João para José. Quer dizer que João está parando José que tentava entrar em sua casa sem ser convidado ou será que estão apaixonados? Queria saber quem foi (o imbecil) que esfaqueou esse acento diferencial.

Bela idéia. Ou ideia. Pra mim esse diabo desse acordo ortográfico só veio pra encher o saco.
As coisas complicaram. É certo que ainda podemos utilizar as duas grafias, mas eu gostaria de saber da certa agora, pra ir treinando. Os duzentos programas e panfletos que circulam por aí não servem pra nada, porque a gente só grava essas regras quando lê (livros, jornais, revistas, não regras). Tá. Só que posso ler vinte livros de uma vez que não terei sabido de todas as palavras que mudaram. "A mudança foi mínima, coisa de 2% de palavras mudadas", pior ainda, mais difícil de encontrá-las. "Ah, mas foi pra unir os países que falam a língua portuguesa", que se danem os outros países que falam a língua portuguesa, não estou nem aí pra eles, não tenho parentes nem amigos em nenhum deles e aposto que você também não tem. Não quero saber dos (pseudo-)benefícios desse acordo, a meu ver isso foi um ferimento à personalidade da palavra escrita. O trema era uma característica de que eu gostava pra caramba. Não agÜento ver as novas palavras desprovidas daqueles pontinhos simpáticos.
E que um raio parta aquele que disser que cem asento fik + fasil. Quero ver alguém lendo uma palavra que nunca ouviu e que antes teria acento. Se eu não conhecesse a palavra herÓico, leria como herÔico. Então todos vocês se danaram, porque essa mudança toda exije um conhecimento muito mais profundo na hora de falar e de escrever, além de maior concentração para não cometer ambigÜidades. "mais q esagero eu ñ vo eskreve nad d inportanti, so fiko aki no msn msm" Então tá bom. É assim que a humanindade progride a cada dia.











Pelo menos meu nome continua com acento.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Acho que hoje vai chover pra caramba.

Uma súplica ou um pedido, a sala escura e vazia de gente, as mãos juntas no discreto pingente, ele sozinho com medo da chuva, de repente o trovão, depois um estalo na corda do violão. O inverno já foi, garoto, é verão. Cuidado pra não quebrar a corrente, se tocar a campainha, não atende, ignora esse medo, que a chuva já fica mais quente. Logo eles chegam pra te ver sorrir, logo eles voltam pra sua atração. O inverno já foi, garoto, é verão. Vai dar tudo certo.







Não gosto de inverno.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Por falar em destruição...

As aulas começaram nessa semana, segunda-feira. Mas pra mim não começaram ainda. Parece que vou matar a semana inteira. Eu digo que não me preparei psicologicamente pra ir ainda, porque foi isso mesmo. Mas mesmo assim, a culpa continua martelando, e cada vez que digo "amanhã não vou (de novo)", martela mais forte. Ok, também não estou levando as aulas tão a sério. Mas isso envolve outras questões que, se der na telha, divago sobre mais tarde.
Parte do meu medo é do vírus que vem ganhando fama e conquistando a galera. Tem gente que não deixa de assistir às aulas nem se está doente. O que é um exagero ao meu ver; uma coisa é estudar direito, outra é deixar de viver para se afogar nos estudos, não creio que este seja o caminho exato pra se passar no vestibular.
E é por isso e por tantas outras coisas que me pego pensando em casa, cheia de reticências, enquanto eu deveria estar resolvendo os exercícios da apostila na cadeira apertada e desconfortável da sala de aula.
A cada dia, novas mortes. Talvez o número de mortes nem seja assim tão grande perto do número de pessoas que se infectaram e já se curaram, mas a informação continua assustando.
Alguém ainda pode se machucar com o aquecimento global, o desmatamento, a poluição e a falta d'água. Um dia, algum imbecil de mal com a vida pode estourar uma bomba nuclear e acabar com a humanidade. Um dia, um meteoro ainda vai cair na Terra e vai provocar um terremoto capaz de destruir tudo. Num dia remoto, o sol vai se apagar e vai se transformar num gigantesco buraco negro que engolirá todos os planetas do Sistema Solar. Mas parece que não é (só) disso que devemos ter medo. A cada surpresa, o Fim do Mundo parece estar mais próximo do que se pode imaginar.





Merda de blog.